quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Super aventura no Equador

Julho de 2011


        Numa viagem para Cuba conheci um equatoriano bem diferente, gostava de esportes e aventuras, como eu. Nos comunicamos durante seis meses, planejando nossa viagem de aventura pelo seu país tão conhecido pela pelas ilhas vulcânicas de Galápagos e pela linha que divide os dois hemisférios.


Em julho de 2011 desci no aeroporto de Quito (Mariscal Sucre) e ali estava o amigo Marco Sanchez me esperando.

Logo na manhã  seguinte preparamos nossas bikes para um tour no centro histórico de Quito, como era um domingo, a cidade recebia a ciclofaixa. Foi muito prazeroso conhecer a cidade dessa maneira, passamos pelos principais pontos turísticos, e também por bicicletários e postos de água  muito bem organizado.
                                         Centro histórico de Quito

                             Grupo Folclórico

       

No outro dia, as bikes já estavam a postos no suporte do carro, para percorrermos 2.400km durante 17 dias pelas cordilheiras e praias equatorianas.
Passamos pela Ciudad Mitad Del Mundo, onde realmente se  impressiona com a energia que acontece somente lá. Vi água girando de um lado do hemisfério, água girando do outro hemisfério, fiz um ovo parar em pé, foi sensacional.


 
Primeira cidade em que paramos foi Cotacachi, a cidade dos músicos e dos tecidos de couro.  Subimos de bike 15km aproximadamente até chegar a Laguna Cuicocha, eles chamam de “ Caldeirão Vulcânico”, por ficar debaixo d’água. Ao andar de barco por entre as duas ilhas você percebe a temperatura mais alta e algumas borbulhas indicando a presença de gases, muito interessante a história da formação geológica.  Na volta do passeio,  um down hill irado para compensar o esforço da subida.



   
Próxima cidade, Otavalo,  onde se localiza a maior feira artesanal do Equador, muito colorida e animada você pode encontrar de tudo, desde tecidos feitos a mão até objetos de decoração com motivos indígenas.



   

Conhecemos também em Ibarra o  Lago Yahuarcocha, que na língua Quechua quer dizer: Lago do Sangue, diz a lenda que duas tribos indígenas tiveram uma batalha sangrenta no local, daí o seu  nome . Percorremos 7km em sua volta de bike. Presenciamos animais, pessoas nativas, crianças brincando, pedalinhos com formas surpreendentes de dragões e um pôr do sol genial.


   
Partimos então para a região de Esmeraldas, a cidade Verde.  O litoral reúne, no entanto, atrativos variados, como passeios por mangues, observação de baleias e as únicas comunidades de descendentes africanos do país.
De Tonsupa até Same foram 50 km de ida e volta, numa estrada tranquila com muitas árvores e povoados a vista do condomínio “ Casa Blanca” é divino. São várias casas na montanha, todas brancas, dando um ar de Grécia. Outro pôr do sol ímpar.



   

Canoa a praia seguinte, muito turística com preços atrativos. Pegamos a bike e pé na estrada. Passamos por São Vicente e fomos até a cidade de Bahia, praias encantadoras, tudo bem plano, estradas largas, ideal para o cicloturismo.
   
Montañita também é uma praia muito requisitada pelos americanos e europeus, muito deles vivem lá buscando novos horizontes, seja eles trabalhando no turismo ou no artesanato, restaurantes e bares, dia e noite é muito badalado.



Saimos do litoral e novamente voltamos para as montanhas na cidade histórica de Cuenca, com paisagens de montanhas ao seu redor, a cidade fica ainda mais interessante, percorremos de bike um dos pontos mais altos. Difícil de subir, mesmo porque o ar rarefeito não ajuda muito. Mas conseguimos chegar ao cume e fazer um descida emocionante, com várias paradas para fotos.
 
Seguimos viagem para a charmosa cidade de Baños.  Seu nome vem das águas que dizem ser santa. Toda manhã,  formam filas enormes nas grandes piscinas que construíram para as pessoas se curarem dos todos seus males. A cidade tem bastante estrutura para o Turismo e para o cicloturismo. Fizemos a rota das Cascatas de Baños a Puyo, lindas paisagens e cachoeiras maravilhosas.




 
Enfim chegamos ao um dos pontos mais esperado da viagem, o Vulcão Cotopaxi, com os seus 5.897 m. Ele fica dentro do Parque Nacional Cotopaxi- El Boliche. Você paga uma taxa para entrar com o carro e percorre uns 25km o refúgio na base do Vulcão. Mesmo com muita neve, frio e vento, decidi descer. Coloquei muitas calças, blusas, cachecóis e luvas e mesmo assim, foi difícil. O Marco não desceu porque tinha que levar o carro, ele veio fazendo o registro e apoio. Foi uma aventura inédita, você chega a sentir frio, neve, sol, calor no intervalo de 30 minutos. A sensação térmica é muito louca. 




 
A viagem termina em Galápagos. Um lugar de águas transparentes, espécies de animais que não se incomodam com a presença do ser humano, uma vida marinha com milhares de espécies, um lugar onde você pode mergulhar com lobos marinhos, tubarões, raias, tartarugas e mais uma infinidade de peixes e nenhum deles irá te atacar. Praias maravilhosas, areias brancas e temperaturas agradáveis. 




         
Foi uma viagem fantástica, conheci pessoas interessantes e especiais, dei boas risadas, comi  comidas estranhas, ouvi músicas latinas de qualidade,  fiquei pertinho dos animais, muitas aventuras de bike. Conheci Equador de uma maneira diferente, com minha bicicleta e minha câmera fotográfica, obtive um olhar mais sensível e cuidadoso de cada lugar que passamos. Experiência única.




Helen Cardoso

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