Super aventura no Equador
Julho de 2011
Numa viagem para Cuba conheci um
equatoriano bem diferente, gostava de esportes e aventuras, como eu. Nos
comunicamos durante seis meses, planejando nossa viagem de aventura pelo seu
país tão conhecido pela pelas ilhas vulcânicas de Galápagos e pela linha que
divide os dois hemisférios.
Em julho de 2011 desci no aeroporto de Quito (Mariscal Sucre) e ali estava o amigo Marco Sanchez me esperando.
Logo na manhã seguinte preparamos nossas bikes para um tour
no centro histórico de Quito, como era um domingo, a cidade recebia a
ciclofaixa. Foi muito prazeroso conhecer a cidade dessa maneira, passamos pelos
principais pontos turísticos, e também por bicicletários e postos de água muito bem organizado.
Centro histórico de Quito
Grupo Folclórico
No outro dia,
as bikes já estavam a postos no suporte do carro, para percorrermos 2.400km
durante 17 dias pelas cordilheiras e praias equatorianas.
Passamos pela
Ciudad Mitad Del Mundo, onde realmente se
impressiona com a energia que acontece somente lá. Vi água girando de um
lado do hemisfério, água girando do outro hemisfério, fiz um ovo parar em pé,
foi sensacional.
Primeira
cidade em que paramos foi Cotacachi, a cidade dos músicos e dos tecidos de
couro. Subimos de bike 15km
aproximadamente até chegar a Laguna Cuicocha, eles chamam de “ Caldeirão
Vulcânico”, por ficar debaixo d’água. Ao andar de barco por entre as duas ilhas
você percebe a temperatura mais alta e algumas borbulhas indicando a presença
de gases, muito interessante a história da formação geológica. Na volta do passeio, um down hill irado para compensar o esforço da
subida.
Próxima
cidade, Otavalo, onde se localiza a
maior feira artesanal do Equador, muito colorida e animada você pode encontrar
de tudo, desde tecidos feitos a mão até objetos de decoração com motivos
indígenas.
Conhecemos
também em Ibarra o Lago Yahuarcocha, que
na língua Quechua quer dizer: Lago do Sangue, diz a lenda que duas tribos
indígenas tiveram uma batalha sangrenta no local, daí o seu nome . Percorremos 7km em sua volta de bike.
Presenciamos animais, pessoas nativas, crianças brincando, pedalinhos com
formas surpreendentes de dragões e um pôr do sol genial.
Partimos então
para a região de Esmeraldas, a cidade Verde.
O litoral reúne, no entanto, atrativos variados, como passeios por
mangues, observação de baleias e as únicas comunidades de descendentes
africanos do país.
De Tonsupa até
Same foram 50 km de ida e volta, numa estrada tranquila com muitas árvores e
povoados a vista do condomínio “ Casa Blanca” é divino. São várias casas na
montanha, todas brancas, dando um ar de Grécia. Outro pôr do sol ímpar.
Canoa a praia seguinte, muito turística com preços atrativos. Pegamos a bike e pé na estrada. Passamos por São Vicente e fomos até a cidade de Bahia, praias encantadoras, tudo bem plano, estradas largas, ideal para o cicloturismo.
Montañita
também é uma praia muito requisitada pelos americanos e europeus, muito deles
vivem lá buscando novos horizontes, seja eles trabalhando no turismo ou no artesanato,
restaurantes e bares, dia e noite é muito badalado.
Saimos do
litoral e novamente voltamos para as montanhas na cidade histórica de Cuenca,
com paisagens de montanhas ao seu redor, a cidade fica ainda mais interessante,
percorremos de bike um dos pontos mais altos. Difícil de subir, mesmo porque o
ar rarefeito não ajuda muito. Mas conseguimos chegar ao cume e fazer um descida
emocionante, com várias paradas para fotos.
Seguimos
viagem para a charmosa cidade de Baños.
Seu nome vem das águas que dizem ser santa. Toda manhã, formam filas enormes nas grandes piscinas que
construíram para as pessoas se curarem dos todos seus males. A cidade tem
bastante estrutura para o Turismo e para o cicloturismo. Fizemos a rota das
Cascatas de Baños a Puyo, lindas paisagens e cachoeiras maravilhosas.
Enfim chegamos
ao um dos pontos mais esperado da viagem, o Vulcão Cotopaxi, com os seus 5.897
m. Ele fica dentro do Parque Nacional Cotopaxi- El Boliche. Você paga uma taxa
para entrar com o carro e percorre uns 25km o refúgio na base do Vulcão. Mesmo
com muita neve, frio e vento, decidi descer. Coloquei muitas calças, blusas,
cachecóis e luvas e mesmo assim, foi difícil. O Marco não desceu porque tinha
que levar o carro, ele veio fazendo o registro e apoio. Foi uma aventura
inédita, você chega a sentir frio, neve, sol, calor no intervalo de 30 minutos.
A sensação térmica é muito louca.
A viagem
termina em Galápagos. Um lugar de águas transparentes,
espécies de animais que não se incomodam com a presença do ser humano, uma vida
marinha com milhares de espécies, um lugar onde você pode mergulhar com lobos
marinhos, tubarões, raias, tartarugas e mais uma infinidade de peixes e nenhum
deles irá te atacar. Praias maravilhosas, areias brancas e temperaturas
agradáveis.
Fo
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